CONTOS DE EXPERIÊNCIA DA VIDA . . .
Há meus Eu’s ...
Pela primeira vez me vem de forma compulsiva, como se estivesse me libertando das repressões que carreguei a vida inteira. Quero escorrer sobre meus temas, não de forma oleosa e lenta, quero dá velocidade aos meus escritos para que neles possam em momentos futuros de releituras me orgulhar em avançar nos meus sonhos. Somos mortais, somos como os dedos de uma mão, não somos iguais, somos digitais humanos, diferentes, com livre arbítrio, Deus em sua plenitude e sabedoria nos fez diferentes, portanto não temos que seguir o que é dito nem pela maioria, muito menos pela minoria. Lembro-me que no pretérito dos meus dias neste plano, não muito distante, minha alma sempre carregada de emoções, sonhava escrever e sempre o fiz interagindo no meu meio social, através da escrita, era o escrivão da minha nau, não tinha planejamento de viagem, não tinha rota, a vida me levava, eu complacente com a vida, nunca me rebelei, não me revoltava. Sempre falei muito, portanto acredito que não fui bom ouvinte. Era como em surdo desespero querendo buscar meu lugar, ou seja me achar. Como levamos tempo para descobrir o que somos, o que queremos ser, ouvimos sempre os mais velhos, os pseudos experientes, com isto não focamos nós mesmos. Sempre politicamente correto, bom filho, bom marido, bom pai, bom cidadão, bom vizinho e por ai vai, quando a ficha caiu e ao se livrar das amarras descobri que a vida toda fui julgado, fui monitorado e nunca, salvo poucas vezes consegui agradar a todos. Os pares sejam eles onde estiverem nos tem como referência de suas vidas, os fazendo em muitos casos para se acharem melhores, mais inteligentes, mais felizes, mais posicionados e todos acelerados a frente e você seguindo a turba tresloucada, sem respirar sempre a frente como se fosse uma corrida de loucos. Não quero dizer que vejo meu universo em desencanto. Só que agora, daqui pra frente pretendo colocar meu trem nos trilhos e desacelerar e olhar pra mim com o respeito que me é devido pela minha história. Afinal posso me dizer sobrevivente.
MIGUEL ANGELO DOMINATO
Enviado por MIGUEL ANGELO DOMINATO em 12/07/2019
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